sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Uma gotinha...


Era uma vez uma gotinha, vivia com seus pais e irmãos numa nuvenzinha pacata, no interior de uma gigante névoa flutuante. 

A pequenina e seus irmãos recebiam muita atenção e aprendizado dos pais e demais moradores da comunidade; a maioria dos estudos era sobre como agir quando descessem ao solo e a importância de se tornar chuva.

— É preciso muita coragem – dizia o papai, explicando aos filhos – ser chuva não é trabalho para qualquer pingo! A nossa função é regar a terra, lavar o mundo, virar rio e voltar para o mar… tudo isso leva tempo, mas uma vez descendo da névoa, adquirimos a tranquilidade necessária para todo esse processo.

Todas essas palavras mexiam com a cabeça da pobre gotinha, deixava-a pensativa e depois sentia medo. Pensava: como posso virar chuva e deixar meus irmãos e família? Como será descer à terra? Será que vou fazer amizade com outras partículas? 

Esses pensamentos deixavam a doce gotinha triste, não queria crescer, não queria ser chuva, não queria descer a um lugar tão longe sem ninguém que conhecesse.

Perguntou aos irmãos:

— O que estão achando dessa ideia de virar chuva?

— Estou ansiosíssima – disse a irmã.

— Não vejo a hora de sentir tanta adrenalina!  Desabafou o irmão.

— Mas… gente, não estaremos mais sempre juntos…

— Quem te disse isso? - perguntou a irmã? - Quando descermos seremos um só… seremos unidade com a terra, depois com rio e mar… a gente sempre estará junto!

— E outra – insistiu o irmão – você não pretende ser criança pra sempre, né?

— É… não sei – Concluiu nossa gotinha, com o coração confuso.

Depois dessa conversa inebriante com os irmãos, havia ficado ainda mais intrigada… Como e o porquê de todos estarem tão ansiosos para crescer e desempenhar seu papel de adulto? Eles já tinham missões diárias como gotinhas e as cumpriam muito bem: brincavam juntos, formando gotas maiores, depois se desmembravam; corriam deitadas feito chuva no chão; aprendiam todas as leis da chuva, da nuvem e de ser misturado… aquilo já era um trabalhão!

Foi tanta a agonia da pequena que resolveu falar com a mamãe, e começou:

­— Mamãe, por que as pessoas querem tanto ser chuva? Eu não vejo graça nenhuma em descer rapidamente por uma velocidade grande, junto com um monte de outros pingos, como se fôssemos soldados indo furiosos para uma guerra… eu não me sinto confortável com a ideia de correr em multidão e depois bater no solo, nem com a ideia de que vou me separar de vocês, parece tão injusto... vamos ficar aqui pra sempre… seria bem legal! A gente poderia abrir uma escola só pra ensinar aos demais pingos os deveres da comunidade…  ah, mamãe, não quero ir…

A mamãe suspirou fundo e enquanto a criança falava, podia notar a sua aflição, percebia que não era uma birra, um capricho ou algo comum à idade dela, verdadeiramente sua menina estava com medo. Ela pensou: de onde essa criança tirou esses pensamentos? Como posso ajudar esse anjinho a cumprir sua missão na vida?

A pequena trazia tanta emoção e dúvida no rosto, um olhar cheio de lágrimas, e sua voz estava embargada, parecia que ia desabar em prantos a qualquer momento.

—É nosso propósito na vida, filha… é o caminho de toda gota, se juntar a outras e virar chuva! Sei que hoje parece estranho e assustador, mas quando chegar seu momento, você vai se surpreender com os acontecimentos. Por hora, aproveite seu momento com seus irmãos porque a infância passa depressa – dizendo isso, a mamãe beijou-lhe o rosto e a gotinha saiu mais alegrinha, correndo pra procurar seus maninhos.

Depois daquela conversa com a mamãe a criança procurou não pensar mais naquelas coisas que a inquietavam, e seguiu o conselho da mãezinha: brincou pra valer com os irmãos e amigos…

A comunidade inteira já sabia quando era o momento de virar chuva, era um evento importante a todos… e enfim, chegara o dia… o clima começava a ficar diferente, e todas as gotas dançavam na nuvem, como se fosse uma preparação para uma guerra, exatamente como nossa pequena imaginava, e enquanto via toda aquela movimentação e alegria acontecer, seu coração começou a acelerar e uma ansiedade descomunal deixava-a apavorada… sentia que o coração estava na garganta, uma pulsação tão forte que parecia fechar-lhe a respiração… não conseguia mais pensar direito, começou a ficar ofegante e quando ia chorar, sentiu que alguém segurou suas mãos. 

Eram seus irmãos que diferentes dela, estavam ansiosos para o evento… os dois alí, olhando para aquele amontoado de pingos dançantes. O vento começava a soprar como um redemoinho, os cabelos das três crianças balançavam na direção que ele os levava, e em meio a dança de todos os pingos, os três foram puxados para dentro daquele redemoinho na nuvem… os irmãos fecharam os olhos… suspiravam com a adrenalina, era uma emoção maravilhosa, mas ela apertava-lhes a mão com força, queria, mas não conseguia aproveitar o momento, insistia para que eles a olhassem, e eles, carinhosamente fecharam os olhos da gotinha – feche os olhos – diziam – feche os olhos e apenas sinta… nós estaremos aqui! E movida pela força dos dois que seguravam sua mão, fechou os olhos! De repente sentiu que também fazia parte da dança, do redemoinho, do vento… da chuva!

No seio da nuvem havia algo como que um mover interno, agitando as gotículas em círculos, e numa força de junção daqueles pequenos seres, aquela grande nuvem começou a soltar suas lindas, fortes e determinadas gotas de água, entre essas tantas estava toda a família da nossa menina, e ela, ao ver seus irmãos entregues à alegria de ser chuva sentiu uma alegria tão inexplicável e passou a sentir também que agora era chuva… ela olhou ao redor e viu toda a sua comunidade gritando de alegrias… descendo fortemente… então se soltou e pôde sentir toda a força do vento que a impulsionava para baixo, e sentia o friozinho da descida, e a terra se preparando para receber a benção da sua chuva… 

Enquanto caía, esqueceu que era preocupada, que era cuidadora, esqueceu que tinha medo de ser adulta, de perder o aconchego do lar, esqueceu tudo… só sentia a vida, a missão a ela atribuída agora era doce como estar em família… e caiu rapidamente pelo lajeado de uma casa, escorregando junto ao pequeno rio em que se tornou, depois caiu sobre uma criança que sorria de alegria pela chegada da chuva, viu outras crianças a brincar com a garotinha, todos felizes… depois caiu novamente, virando rio outra vez, junto aos seus irmãos família e comunidade, que continuavam felizes por terem feito um bom trabalho…

Agora já não era mais gota, e sim, um rio, junto com seus irmãos, pais e os demais da comunidade, agora era mais uma molécula e sentia que tudo aquilo fazia sentido…

Agora as palavras do Pai tinham um novo significado, e estava calma, tranquila e feliz com todas aquelas memórias do caminho… 

Todo o medo que a paralisava não fazia mais sentido, pois agora entendia sua missão e amava participar de um processo tão importante como o seu: virar chuva!

sábado, 21 de novembro de 2020

O bicho do quero-quero

Ele anda por aí vestido de moda, atualidade e ostentação, quem não o conhece direito pode até achá-lo interessante, porque na verdade parece inofensivo, mas não se engane:pode ser cruel.

Da mesma espécie dos parasitas silenciosos, ele precisa de um hospedeiro... Qualquer humano que vive na atualidade pode sem querer, contraí-lo. Estamos falando do bicho do quero-quero.

Depois do contágio, o invasor não parece nada perigoso, e o doente não o percebe como mal, na verdade, inicialmente sente que está mais atualizado, quer se vestir bem e melhor, quer ter melhor condição de vida e possuir bens materiais... Então, que mal isso pode ter?

A verdade é que o hospedeiro não percebe que está adoecendo lentamente, porque na verdade, é pouco perceptível, mas ele ataca até crianças!

Depois de sua acomodação, o portador sente uma vontade enorme de possuir, de ter; passa a procurar por marcas e lugares mais badalados, os ambientes simples não são mais interessantes aos seus olhos.

Não se deve confundir tal enfermidade com a alegria de comemorar; postar fotos na internet; ter um equipamento bom, valioso; ter uma roupa cara, mas boa; viver lindo e cheiroso; cuidar de si mesmo, não. Se fizermos assim, seremos injustos com quem apenas é exigente em suas conquistas e forma de viver. O bicho do quero-quero deixa a indivíduo como uma "Maria vai com as outras", sabe?

A pessoa que passa a abrigar o pequeno vilão precisa estar sempre na frente. O melhor carro, as melhores roupas, os melhores celulares... Tudo tem que sempre estar novo, atualizado, moderno.

Quando o quero-quero ataca uma criança esta se torna uma consumista de primeira. Os pais não dão conta de comprar os brinquedos e eletrônicos que saem na mídia, mídia esta que é a alimento perfeito para o tal parasita, enchendo-o de mais e mais atualidades.

Não há uma cura imediata para o mal do quero-quero, pois não há formas de retirá-lo a força do humano que o hospeda, e para que haja a cura, o doente precisa de grandes doses de consciência, medicamento escasso no mercado atual.

O aproveitador não causa grandes males físicos, mas se o doente for pobre terá sérios problemas financeiros, ou terá de trabalhar mais que dobrado para suprir a fome do verme que o aprisiona, deixando assim de aproveitar as coisas mais simples e belas da vida, perdendo seu tempo com superficialidades e esquecendo da riqueza presente nos momentos acessíveis e descomplicados.

Se for rico e puder manter os gostos avantajados do filante, provavelmente não notará do que sofre, talvez sinta um vazio grande e não compreenderá o porquê de suas angústias, além de que poderá viver sempre na superficialidade.

A maioria dos males são invisíveis, pelo menos à maioria de nós, talvez não seja possível contabilizar exatamente a problemática, mas sem dúvida, uma vez contaminados por ele, nos tornamos menos empáticos, porque precisa-se de muita atenção para si próprio.

Vivemos numa sociedade contaminada e devemos ter muito cuidado com o bicho do quero-quero!





quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Beleza difícil!


Que mundo difícil estamos deixando para nossas filhas, hein? E em nome de quem? Em troca de quê? 

Não é de hoje que nós mulheres somos escravas inconscientes da estética, e agora o caminho segue ainda mais apertado para a geração que chega. Então me pergunto: em nome de quem, em troca de quê? 

Mal ingressamos no mundo e já somos conduzidos ao consumo inconsciente, estou falando de estética, mas nem precisa mudar de assunto pra notar que é assim em todos os aspectos de nossas vidas.

 Antigamente éramos convidados a comprar o novo, mas hoje somos induzidos inconscientemente a nos aderirmos a ele, de modo que nem nos reconhecemos mais sem o tal objeto ou estilo de vida. 

No mundo feminino, ao que vejo, a pressão é ainda maior, e isso não é novo, apenas a cada dia mais inevitável, irremediável. 

Outro dia meu esposo comentou com um conhecido: "quer ter um comércio que faça sucesso? Abra um negócio para o publico feminino". Nossa, como isso mexeu comigo! infelizmente é verdade! 

O mercado investe pesado em nós, e sempre consegue nos levar, desde o fio do cabelo à planta do pé, literalmente. 

Já viu a quantidade de apetrechos que usamos todos os dias? Rotina cansativa! Quem foi que nos disse que essas coisas são necessárias à nossa beleza? 

Nem sabemos quando foi que começou, mas isso gera tantos males que ainda nao foram calculados, e me pergunto se um dia alguém falará claramente sobre os males dos excessos a que somos submetidas todos os dias. 

Claro que devemos ter amor próprio, cuidar de nosso corpo diariamente, nos sentirmos lindas todos os dias, cuidar do cabelo, da maquiagem, mas atualmente o "bonito" está saindo caro demais, e não digo financeiramente, porque isto já é evidente, falo do preço que nossa mente paga diariamente. 
É essa a herança que queremos deixar às nossas filhas? 

São tantas as propostas, parece até que a nossa versão original está ultrapassada, e creio se pudessem, construíram mecanismos para mexer em nossa estética ainda no ventre de nossa mãe, e haveria quem pagasse muito por isso... Mas somos consumistas, será? 

Amor próprio não vende nem dá ibope, por isso não se fala mais em reflexão, aliás, excesso de consciência não ajuda o mercado, que precisa que estejamos sempre de olhos vendados para a verdade. 

Os anúncios são personalizados para que haja sempre algo a consumir, não bastassem as redes sociais nos mostrando a quem seguir e com quem parecer... 

O esgotamento mental acontece e sequer notamos, medicamos para esquecer a dor e assim o corpo fica cada vez mais doente. Mulheres tão promissoras cegas pela indústria da beleza...

E nossas meninas, nossos brotinhos que estão saindo do casulo agora... o que fazemos com elas? São forçadas inconscientemente a mudar suas aparências ainda bem pequenas, crescem com a ideia de que não são bonitas, se enchem de maquiagem logo cedo, e depois, assim que podem, querem fazer alterações em tudo, pois nada nelas é interessante.
 
A cor do cabelo, os traços do rosto, as curvas do corpo... tudo precisa ser moldado, aperfeiçoado... será? É angustiante ver meninas tão jovens e tão infelizes. 

O descontentamento com a própria imagem tem sido cada vez mais evidente entre todos, especialmente entre os adolescentes, e não damos conta de que isso nos causa um estresse sem tamanho. 

Alem da correria diária, que nos mantém ocupados e sem tempo pra refletir, a cada dia que abrimos olhos há novamente uma série de atualizações carregadas de modernidades.
 
E me diz: como acompanhar tantas tendências? Uma hora são os seios que devem ser fartos... Outra hora as sobrancelhas que devem ser finas...
Depois não, elas devem ser grossas e pigmentadas artificialmente. 

Agora os lábios precisam ser carnudos, os cílios devem ser postiços... As unhas de gel, não, melhores são as de fibra de vidro... 

Nossa, que cansaço! 
Será que um dia conseguiremos ser nós mesmas? 

Alguém cuide de nossas meninas, por favor!

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Tarefa difícil: cuidar de alguém!

Que tarefa difícil é cuidar de alguém desde a infância!


No momento não estou falando dos professores, sabemos que estes dedicam uma carreira inteira a ensinar, cuidar e inspirar seus alunos e isto é, no mínimo, muito desgastante, mas deixemos para outro post. 

Hoje quero falar das mães, pais e responsáveis, os que tem um trabalho não remunerado e em tempo integral. São eles quem acordam cedo para trabalhar em casa ou na rua para conseguir dar aos filhos o tão necessário pão de cada dia. 

Quando recebemos uma criança, quer seja por meios fisiológicos ou quando pelo coração, não recebemos junto com ela um manual de instruções sobre como lidar com o pequeno ser que ali chega... 

Ficamos logo encantados com aqueles lindos e pequenos rostinhos, carregados de ternura... abraçar, beijar e cheirar é quase inevitável, além daquela vozinha que fazemos com o neném, como se também fossemos bebezinhos... quem nunca? 

A maioria de nós não tem uma preocupação imediata sobre como vai criar o filho, o que pensamos normalmente é em dar carinho, tirar fotos, colocar roupas fofas, mostrar aos outros o nosso rebento... 

Quando cai a ficha de que vamos criar um bebê, normalmente também não surtamos, afinal, trocar, banhar, alimentar até que não são tarefas tão difíceis, mas quando pensamos em educar... hummmm... chega a dar aquele arrepio na espinha... 

E isso sim é coisa séria! Há pessoas que preferem não ter filhos pelos mais variados motivos e considero bem prudente esta escolha, se a pessoa que decide assim não quer "gastar" tempo com uma criança, porque, olha... gastamos tempo e juventude para cuidar dos nossos filhos. 

 A primeira infância é recheada de fofurice, mas vale lembrar que mesmo sendo "cuties", essas doçuras não são nada fáceis... parece que já vem com o aplicativo da persuasão e se não tivermos pulso firme, ali mesmo somos dominados, quem de nós não viveu ou já viu alguém viver isso bem de perto? 

Depois que temos alguém pra cuidar em tempo integral nossa vida jamais será a mesma, não mesmo! lembro do ditado que mamãe dizia quando eu era pequena: "depois que pari, barriga não enchi...". 

Acho que no meu caso foi mais sério, porque agora eu raramente tenho um sono tranquilo, e não há nada que faça que não me lembre deles, é como se fossem partes do meu corpo que vivem fora de mim... rs 

Como é que conseguimos conciliar a nossa nada fácil vida adulta com o cuidar de alguém? Segundo especialistas, a primeira infância de uma criança é uma das principais etapas da vida humana, ela é responsável pela formação emocional e grande parte da intelectual, e isso acontece, ou deveria acontecer no seio familiar. 

 Digo deveria porque a maioria de nós tem uma rotina muito corrida, quase não temos tempo para dar aos nossos filhos a atenção e cuidados que merecem e precisam. Mas muitos de nós se esforçam para suprir as necessidades desta fase. 

 Ao longo dos anos, além da minha própria vida, pude observar a vida de muitas mães e pais que lutam diariamente para manter as contas e quando chegam em casa ainda estão prontos para dar amor, cuidado e atenção aos seus pequenos. 

Conheço mulheres que acordam cedo e antes de pegar o ônibus para o trabalho arrumam também seus filhos para irem com elas ao destino, geralmente numa outra cidade; enquanto as mães trabalham, os filhos ficam em creches, depois que terminam o dia, lá estão elas novamente, com seus filhos a esperar o ônibus para voltar para casa, as vezes por uma hora e meia de percurso e até mais. 

Há outras que antes de trabalhar deixam seus filhos em escolas de períodos integrais e lá seus pequenos passam todo o dia, a atenção materna e paterna só acontecerá tarde da noite, e num espaço pequeno de tempo. Há aquelas mães que ficam em casa com seus filhos, o dia todo, embora muitos de nós queira viver assim, é muito cansativo... Há aquelas que deixam os filhos com a avó, esse foi meu caso, elas cuidam de seus netos com o amor e cuidado dobrado que deram aos filhos, foi uma honra! 

Só falei das mães porque conheço poucos relatos sobre pais, mas conheço homens que dedicam tempo e atenção aos filhos(meu marido é um desses), embora muitos ainda se preocupam mais com a questão financeira, necessária e não menos importante, mas a atenção psicológica é essencial. 

Depois da infância, o novo desafio é a adolescência: Nesta fase somos testados e desafiados por seres que ainda não conhecem nem a si mesmos... como pode? A bagunça de hormônios, as mudanças nos corpos, as descobertas... nem faz tanto tempo assim que deixamos de ser adolescentes, mas pra eles somos velhos e antiquados demais. 

Na maioria das vezes não nos querem por perto, e é muito difícil nos mantermos próximos,já que acabam tendo vergonha da nossa presença, das nossas manias e até das nossas opiniões, somos arcaicos para eles... mesmo assim há beleza também nesta fase: o desabrochar do amor, as amizades que nascem... e como nada é pra sempre, essa fase passa e agora eles querem seguir seus sonhos e caminhos, porque já são adultos, ai ai... 

Num dia estavam banhados pelos próprios cocôs, no outro já querem fazer suas vidas e de preferência longe da gente... Nos resta então torcer para que sejam felizes com suas escolhas, dar suporte, incentivar, acolher quando preciso e vê-los vencer passo a passo... 

 Por fim, a gente se cansou, mas foi feliz. E que tarefa difícil é cuidar de alguém desde a infância, né? Mas há os que se aventuram bastante nessa viagem, e de verdade, dá pra ser bem feliz! É gratificante no final

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